Hoje vamos continuar falando sobre os indicadores , dando foco aos indicadores que nos permitem avaliar o endividamento da empresa. Uma coisa que temos que ter em mente é que o fato da empresa ter dívidas não necessariamente é algo ruim, as vezes é necessário para que a empresa consiga crescer. O endividamento com objetivo de aumentar a lucratividade e crescer é visto como alavancagem, em que a empresa adquire dívidas para, assim, conseguir atingir um patamar de crescimento e faturamento desejável. Nestes casos, o processo de adquirir dívidas é algo saudável, já que a empresa tem o caixa necessário para conseguir pagar esta dívida. Vamos começar, 1. Dívida Líquida/Patrimônio líquido É a divisão entre o passivo líquido da empresa e o patrimônio detido pelos acionistas . Este indicador mostra a relação do quanto a dívida líquida representa o patrimônio líquido, e pode ser mostrada em porcentagem ou em forma de números. Analisando este indicador podemos notar também o grau de risco da em...
No final deste mês o governo entregou uma proposta da Reforma Tributária e deu o que falar. Existem vários pontos que geraram discussões, porém hoje falarei somente sobre as mudanças ligadas diretamente aos fundos imobiliários.
É importante lembrar que como é uma proposta ainda podem haver mudanças, tanto melhores ou piores para o investidor. Mas vamos lá, quero falar especificamente sobre a taxação sobre os rendimentos distribuídos pelos fundos imobiliários, que hoje são isentos.
A Reforma Tributária diz:
"Os rendimentos distribuídos pelos Fundos de Investimento Imobiliário, instituídos pela Lei nº 8.668, de 25 de junho de 1993, a qualquer beneficiário, inclusive à pessoa jurídica isenta, ficarão sujeitos à incidência do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza retido na fonte à alíquota de quinze por cento."
"Os rendimentos distribuídos pelos Fundos de Investimento Imobiliário, instituídos pela Lei nº 8.668, de 25 de junho de 1993, a qualquer beneficiário, inclusive à pessoa jurídica isenta, ficarão sujeitos à incidência do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza retido na fonte à alíquota de quinze por cento."
Resumindo, foi proposta a taxação em 15% sobre os rendimentos distribuídos pelos fundos imobiliários.
Claro que isto gerou muita discussão no mercado financeiro, até mesmo ocorrendo uma queda na bolsa e no Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), já que hoje não há taxação e agora passará a ter, principalmente pelo fato de que este tipo de ativo é muito procurado como uma renda extra e passiva por muitos investidores, então os cotistas iriam ver sua renda mensal caindo.
Depois de ler esta proposta você pode estar se perguntando se ainda faz sentido investir em fundos imobiliários. E será que faz?
Pensando por etapas:
Pensando por etapas:
1. O que acontece quando o preço da cota cai?
Lembrando do post dos indicadores dos fundos imobiliários dois indicadores sofrem variação de acordo com o preço da cota, o dividend yield e o P/VP.
Lembrando do post dos indicadores dos fundos imobiliários dois indicadores sofrem variação de acordo com o preço da cota, o dividend yield e o P/VP.
Vamos primeiro ver a situação pelo lado do dividend yield:
O Dividend Yield sobe com a queda do preço da cota.
Sabendo que a taxa Selic está em 4.25% , percebemos que a diferença entre o dividend yield e a taxa selic tendem a aumentar, o que é um indicador de bom investimento.
O Dividend Yield sobe com a queda do preço da cota.
Sabendo que a taxa Selic está em 4.25% , percebemos que a diferença entre o dividend yield e a taxa selic tendem a aumentar, o que é um indicador de bom investimento.
Olhando pelo lado do P/VP:
Com a queda do preço da cota o P/VP diminui, portanto, você estaria pagando menos do que o valor patrimonial por cota do fundo, o que também pode indicar um bom investimento.
Com a queda do preço da cota o P/VP diminui, portanto, você estaria pagando menos do que o valor patrimonial por cota do fundo, o que também pode indicar um bom investimento.
2. A conclusão que chegamos é que parece que mesmo com esta nova taxação, este ativo ainda é um bom investimento. Claro que seria melhor não ter tributação, porém, não deixa de ser um investimento interessante.
Toda essa discussão pode fazer surgir uma outra dúvida, discutida a seguir.
Agora pode ser uma boa oportunidade de compra para os fundos imobiliários?
Vamos quebrar esta pergunta aqui em alguns pensamentos:
1. Isso quer dizer que agora os FIIs estão mais baratos?
Agora eles estão sendo precificados com a expectativa de que ocorra esta taxação, portanto, teoricamente, eles estariam no preço justo, considerando a taxação.
Vamos quebrar esta pergunta aqui em alguns pensamentos:
1. Isso quer dizer que agora os FIIs estão mais baratos?
Agora eles estão sendo precificados com a expectativa de que ocorra esta taxação, portanto, teoricamente, eles estariam no preço justo, considerando a taxação.
2. É uma boa oportunidade de compra?
Acredito que seja uma boa oportunidade de compra, principalmente caso a proposta não seja aprovada, já que neste caso os FIIs estaria sim baratos agora, pois esta expectativa para o futuro não foi concretizada.
3. E caso a proposta seja realmente aprovada?
Neste caso os fundos imobiliários hoje estão teoricamente precificados de acordo com a expectativa de taxação, e é preferível que o aporte seja baseado na sua tese de investimento. A tese de investimento que sigo depende da porcentagem que defini para fundos imobiliários na minha carteira, como ocorreu uma queda, a porcentagem atual de FIIs diminui portanto, o racional, no meu caso, é comprar mais deste tipo de ativo.
Portanto, como não tem como prever o futuro, eu irei continuar com minha tese de investimentos baseada na proporção da carteira dedicada a este tipo de ativo, mas isso é particular de cada um.
Acredito que seja uma boa oportunidade de compra, principalmente caso a proposta não seja aprovada, já que neste caso os FIIs estaria sim baratos agora, pois esta expectativa para o futuro não foi concretizada.
3. E caso a proposta seja realmente aprovada?
Neste caso os fundos imobiliários hoje estão teoricamente precificados de acordo com a expectativa de taxação, e é preferível que o aporte seja baseado na sua tese de investimento. A tese de investimento que sigo depende da porcentagem que defini para fundos imobiliários na minha carteira, como ocorreu uma queda, a porcentagem atual de FIIs diminui portanto, o racional, no meu caso, é comprar mais deste tipo de ativo.
Portanto, como não tem como prever o futuro, eu irei continuar com minha tese de investimentos baseada na proporção da carteira dedicada a este tipo de ativo, mas isso é particular de cada um.
Caso eu tenha me enganado na interpretação de algum aspecto da proposta que mencionei desta reforma, podem deixar nos comentários, já que realmente existem vários pontos possíveis de discussão.
Irei também deixar aqui uma série de referências, caso você tenha se interessado pelo assunto e queira saber da proposta por completo:
Irei também deixar aqui uma série de referências, caso você tenha se interessado pelo assunto e queira saber da proposta por completo:
Bruno Perini - Você mais Rico: https://www.youtube.com/watch?v=p1fsKAXMU-U
Canal do Holder: https://www.youtube.com/watch?v=3v9uG6s68Go
A seguir estão os posts da série recente de como escolher um fundo imobiliário, caso você tenha interesse, ficaram bem interessantes:
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Dica de livro: Imposto de Renda no Mercado de Ações - a Tributação Sobre os Ganhos de Pessoas Físicas na Bolsa de Valores
Legal seu ponto de vista, pode ser sim uma boa oportunidade para entrar nos FIIs.
ResponderExcluirPelo que vi das últimas notícias, não haverá taxação dos dividendos. Os gestores dos fundos e algumas pessoas que ensinam sobre os fiis se mobilizaram e conseguiram um bom retorno do governo! Mas é sempre bom ficar de olho. Adorei teu blog!!!
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