Como diversificar a sua carteira de investimentos

E agora, decidimos que vamos começar a investir, já sabemos analisar alguns ativos, começamos a ter uma visão sobre o mercado financeiro, mas agora aparecem algumas dúvidas, onde aportar, quais ativos comprar, renda fixa ou variável?

Para você começar a encontrar as respostas para essas dúvidas, a primeira coisa que você deve fazer é definir o seu perfil de investidor, deste modo será possível definir como diversificar a sua carteira.

Quais perfis de investidor existem?
Existem 3 grandes perfis de investidor, dentro deles podem ter algumas ramificações, mas os 3 principais são:

• Conservador
• Moderado
• Agressivo

Perfil Conservador
É aquela pessoa que quer ter uma rentabilidade razoável mas que não quer correr muitos riscos, prefere ter a certeza da segurança da sua carteira.
Para este tipo de investidor é preferível que grande parte ou até mesmo toda sua carteira esteja alocada em renda fixa, produtos de baixo risco.
Normalmente este tipo de investidor tem aversão ao risco.
O seu grande objetivo é preservar o patrimônio.

Perfil Moderado

Esse tipo de investidor já está mais interessado no crescimento do seu patrimônio, aguentando um certo nível de risco, já que busca maiores ganhos, contudo, não coloca todo o seu patrimônio em ativos de maior risco. Portanto, ele tem parte em renda fixa e parte em renda variável, aguentando uma certa oscilação.

Perfil agressivo
Tende a correr mais riscos, já que quer maiores retornos. Aceita que em alguns investimentos irá perder, porém, no geral busca ter um grande retorno.
Tem como objetivo principal o crescimento do patrimônio.

Após identificar seu perfil é necessário realizar a diversificação de produtos tendo em mente, principalmente, o risco que você quer assumir e também se seu objetivo é mais de preservação ou crescimento de patrimônio.

Aqui eu vou falar do que eu atualmente utilizo na minha tese de investimentos. No meu caso eu procuro o crescimento do patrimônio, portanto, aceito maiores risco, esperando maiores retornos.

A tese de diversificação que utilizo é separada em ativos de renda fixa, fundos imobiliários, renda variável brasileira e renda variável internacional.

Mas qual é a lógica por trás dessa diversificação?

1. Renda Fixa
É importante em momentos de crise. Em outras palavras, é um dinheiro reservado para oportunidades. Por exemplo, quando ocorre uma grande queda em alguma ação que você tem interesse ou identifica uma boa oportunidade com a queda da bolsa, como ocorreu na pandemia, nesse momento você pode utilizar essa reserva para aportar nesses ativos.

2. Fundos Imobiliários
Essa parte tem como maior objetivo gerar a renda passiva, além de diminuir o risco da carteira, por ser um ativo relativamente não correlacionado as outras áreas de diversificação escolhidas.
3. Renda variável (nacional)
Isto é, ações negociadas na bolsa brasileira, B3. Esses ativos têm como uma das principais funções o crescimento do patrimônio, mas é importante notar que apresentam os maiores riscos.
4. Renda variável Internacional
Isso significa a exposição a ativos não ligados ao Brasil. É possivel fazer esta exposição de 2 formas:
- comprar BDRs (Brazilian Depositary Receipts)
- enviar seu dinheiro para fora do Brasil. Fora do Brasil é muito amplo, portanto, um bom modo de se expor ao mercado internacional de ações é abrindo uma conta em uma corretora de investimentos nos Estados Unidos, já que lá são negociadas as maiores empresas do mundo.

Como é a distribuição dos ativos na carteira?
O objetivo é ter 25% da carteira para cada ativo, com uma certa faixa de variação de 15% até 35%.

Mas é só isso?
É e não é, pois um outro conceito muito importante é o Rebalanceamento.

O que é o Rebalanceamento?
É a prática de sempre deixar sua carteira na porcentagem ideal que você definiu.

Como se faz isso?

Pode fazer de duas maneiras distintas, ou vendendo os ativos que estão com maior peso na sua carteira, ou então aportando nos ativos com menor porcentagem na carteira. Desse modo, você sempre irá vender na alta, e comprar na baixa, pois vamos pensar no cenário a seguir:

Imagine que você definiu um percentual de 25% para cada tipo de ativo da sua carteira, como eu expliquei acima. Porém, em um certo momento a porcentagem de ações cai para 10%, logo, a porcentagem do resto aumenta, isso quer dizer que as ações caíram. Então quando você for aportar em ações elas estarão em baixa, um ótimo momento para comprá-las.

Um detalhe importante é que é preferível, em um investimento com foco em longo prazo, que sejam feitos aportes para rebalancear a carteira, pois assim você não precisa se desfazer de ações em que acredita, por exemplo.

Aqui eu dei uma visão geral de diversificação, falando mais sobre como eu costumo me organizar com relação a isso, porém, isso fica a critério de cada um, e mais importante ainda, depende do seu objetivo com o investimento.

Vamos fazer uma pausa aqui e refletir sobre alguns fundamentos por trás desse tema, uma visão geral.

- Não se expor ao risco da ruína, esse é o grande papel da diversificação, é colocar seus ovos em várias cestas, é ter um prato colorido, é poder ter calma em momentos de crise.

- Outro ponto é a exposição a oportunidades, como por exemplo, exposição a criptoativos, pode acontecer de não se tornar importante no futuro? Pode, mas se você tiver uma exposição a isso e isso crescer exponencialmente, você participará disso. A questão é, para a perda existe um limite, mas para o ganho, não existe.

"A sorte pode ser atraída quando aceitamos oportunidades" - O Homem mais rico da Babilônia

Não se desespere caso não conheça muito bem alguns dos tipos de ativos que eu mencionei aqui, em breve terão mais posts sobre como escolhê-los.
Lembrando que já tivemos no blog a série sobre como escolher um fundo imobiliário, que pode ser encontrada clicando aqui.

Então, fique de olho nos próximos posts, não se esqueça de compartilhar e se inscreva na newsletter!

Dica de livro: Warren Buffett e a análise de balanços

https://amzn.to/3AJidZp

Follow @SearchBoxToday